quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

33 anos e ainda perdida

Comecei este blogue em Setembro do ano passado porque, mais uma vez, a minha vida estava em mudança e  me apetecia ter um registo da minha aventura na costura (muito mais do que explorar a faceta da maternidade, admito!). Queria mostrar a mim mesma o que podia fazer, o que conseguia fazer. E partilha-lo com outros, é a verdade. 

O tempo passa e a costura é o mote mas a maternidade é sempre presença latente. Se analisar a coisa, talvez chegue à conclusão que se não fosse a maternidade; a costura, a vida mais calma, as bolachas, as flores, os passeios de quilómetros, as alterações de horários, hábitos e rotinas ter-se-iam mantido inalteráveis. Talvez se pensar muito nisso, chegue à conclusão que ser mãe foi o trigger para o resto. Foi a razão, a consequência, o meu destino que crio todos os dias.  

Ser mãe é assustador. Há dias em que é quase paralisante. Palavra chave aqui é quase porque esse não é um luxo que possamos ter de verdade. Achamos que temos tudo alinhavado, como as bainhas, e de repente o mundo escapa por entre os dedos; aparece uma febre, faz-se uma birra descomunal para mudar a fralda, afinal já não se gosta desta sopa ou o boneco Zé desapareceu e sem ele não mexemos mais um músculo! Este é o trabalho mais exigente que já desempenhei. Aquele que requer mais de mim a toda a hora, um aberto 24 horas / 7 dias por semana, e no qual sinto que estou em formação constante. E se formos falar em avaliação também constante... upa upa... 
Mas depois de me sentar no sofá, respirar fundo, contar até 10 (ou 10 000), sinto que não abdicava de nada do que vivo, nem do que experiencio ao lado dela, por nada deste mundo, confesso.
Com 33 anos e ainda perdida.
  
Resumindo,  


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Escrevam-me de volta. Gosto de saber que não estou a "falar" sozinha.... :-)